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27 de julho de 2023

Comunicação não violenta: o que é e como aplicar na prática

Entenda como melhorar suas relações com a comunicação não violenta e aprenda dicas para aplicá-la no dia a dia. Saiba mais!
comunicação não violenta
Entenda como melhorar suas relações com a comunicação não violenta e aprenda dicas para aplicá-la no dia a dia. Saiba mais!
Tempo de leitura: 5 minutos

É impossível concordar sempre uns com os outros, especialmente em um contexto profissional. Por isso, a comunicação não violenta é essencial no dia a dia do trabalho!

As opiniões divergem, assim como a forma como cada pessoa as expressa e interpreta.

Isso às vezes leva a choques e conflitos, cujas consequências podem ser prejudiciais para o indivíduo, bem como para a atmosfera geral no trabalho. Como então alguém pode se expressar sem o risco de ferir e irritar a outra pessoa?

É aí que entra a comunicação não violenta – um método que exige certa destreza verbal, uma boa dose de psicologia da empatia e autoconhecimento, além de esforço constante.

Neste artigo, nós explicamos como esse método funciona e damos dicas para você aplicá-lo na prática e melhorar a comunicação na sua empresa. Confira!

O que é comunicação não violenta?

A Comunicação Não Violenta (CVN) é um modelo baseado no princípio de que nossa escolha de linguagem e estilo de comunicação pode facilitar ou bloquear a compaixão.

Criado pelo Dr. Marshall Rosenberg, considera como expressamos nossos sentimentos e necessidades e como ouvimos os outros. 

A empatia é uma base fundamental. Em vez de focar em conseguir o que queremos, a CNV se preocupa em fazer uma conexão que permita que todos compartilhem suas necessidades e as satisfaçam.

Qual a importância da comunicação não violenta?

Compreender o outro no nível de nossas necessidades cria essa conexão porque, nesse nível humano mais profundo, as semelhanças entre nós superam as diferenças. Assim, dando origem a uma maior compaixão.

Ao adotar a comunicação não violenta no ambiente corporativo, os colaboradores aprendem a expressar suas necessidades e sentimentos de forma clara e assertiva, sem agressões verbais ou hostilidade. 

Isso resulta em maior compreensão, empatia e colaboração, diminuindo conflitos e melhorando a resolução de problemas.

Vantagens da comunicação não violenta

Embora a utilização da comunicação não violenta no ambiente corporativo exija um processo de planejamento e monitoramento, ela gera grande valor para as empresas, como:

Permite a criação de relações pessoais baseadas na compaixão e no respeito, ajudando assim a melhorar a cooperação;

  • Ajuda a resolver conflitos;
  • Ensina a dizer não e a aceitar as recusas dos outros;
  • Ajuda a lidar com sentimentos de culpa, medo ou vergonha;
  • Melhora as habilidades de escuta e compreensão;
  • Ajuda a deixar de lado os pensamentos que podem levar a discussões, raiva ou depressão;
  • Ensina como identificar as necessidades próprias e alheias e como gerenciá-las;
  • Melhora as habilidades de negociação;
  • Ajuda as pessoas a estabelecerem relacionamentos interpessoais;
  • Melhora a produtividade da equipe.

4 pilares da comunicação não violenta para você conhecer

A base da comunicação não violenta é a disposição e a capacidade de abordar e perceber os problemas de maneira não crítica. Assim, envolve quatro pilares-chave: observação, sentimento, necessidade e pedido. Entenda como abordar cada um deles!

1. Observação

Em geral, os julgamentos de valor costumam ser instantâneos. Às vezes, ocorrem em nós de forma automática e inconsciente, sem nos dar tempo para nos perguntarmos por que eles existem e de onde vêm.

Dessa forma, o uso desse tipo de julgamento é utilizado, na maioria das vezes, como mecanismo de defesa ou ataque, e costumam ser muito violentos para a outra pessoa. 

Para evitar isso, você pode reservar um momento para observar a situação, entendê-la e descrevê-la, estando ciente dos julgamentos de valor que surgem em sua mente.

O objetivo é que você obtenha o controle desses julgamentos e seja capaz de evitá-los. Evite fazer julgamentos ou emitir críticas pessoais. Mantenha o foco na ação observável e descreva apenas o que aconteceu.

2. Sentimento

Depois de conseguir se desapegar dos julgamentos de valor, você pode se concentrar em identificar quais sentimentos está vivendo com a situação (sejam eles conflitantes ou não).

A ideia é que você possa entender o que está causando em um nível emocional o evento que você acabou de descrever. Assim, em vez de julgar ou agredir verbalmente a outra pessoa, você conseguirá expressar o que essa situação está provocando em você.

Não é o mesmo julgar, desvalorizar, agredir ou desrespeitar um colega como expressar que o que ele está fazendo está nos prejudicando, nos incomodando etc.

3. Necessidade

Aqui você precisa entender quais são as necessidades pessoais/profissionais que não estão te permitindo cobrir a situação gerada. 

Dessa forma, se você conseguir identificar quais sentimentos a situação está provocando em você, será mais fácil reconhecer a necessidade que está ligada a eles.

Por exemplo, você pode sentir raiva e o que está por trás disso é uma necessidade de ser ouvido porque a outra pessoa está gritando muito, não deixa você falar ou não dá a palavra.

4. Pedido

Nesta fase você será capaz de desenvolver uma proposta construtiva para chegar a um acordo equitativo e produtivo com a outra parte. Graças aos passos acima, você terá maior disposição para expressar de forma direta e honesta um pedido.

Isso porque, por um lado, você tem evitado fazer julgamentos de valor ou atacar os outros, favorecendo um ambiente mais comunicativo e aberto.

Do mesmo modo, você terá tempo para explorar o que está acontecendo com você e como se sente, para ter ideias mais claras.

Dessa forma, se você sabe o que quer, pode comunicar efetivamente o que precisa.

Quais são os desafios da utilização da comunicação não violenta?

Ao tentar utilizar a Comunicação Não Violenta no ambiente corporativo, as pessoas podem enfrentar alguns desafios. 

Enfrentá-los exigirá esforço e comprometimento, mas os benefícios, como melhor colaboração, resolução de conflitos eficaz e relacionamentos mais saudáveis, tornam o processo valioso.

Veja alguns desses desafios.

Autoconsciência

A autoconsciência requer reflexão e consciência emocional para identificar e expressar de forma autêntica os próprios sentimentos e necessidades. Ao passo que, em vez de reagir automaticamente aos estímulos externos.

Empatia

Exige a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo suas perspectivas, necessidades e sentimentos.

Logo, pode ser difícil em um ambiente competitivo, onde o foco pode ser mais voltado para a eficiência e resultados do que para a conexão humana.

Mudança de padrões de comunicação

Muitas vezes, estamos acostumados a padrões de comunicação agressivos, passivos ou manipulativos. Aprender a comunicar-se de maneira não violenta requer prática e persistência para romper esses hábitos antigos e adotar uma abordagem mais construtiva.

Resistência organizacional

Algumas empresas podem não estar familiarizadas com a Comunicação Não Violenta e podem resistir a mudanças na forma de se comunicar. 

Superar essa resistência requer paciência, educação e demonstração dos benefícios da comunicação não violenta para promover uma cultura de diálogo e respeito.

5 dicas para exercitar a comunicação não violenta

Implementar a Comunicação Não Violenta requer prática e comprometimento de todos os membros da empresa. 

Ao adotar essas dicas, você criará um ambiente de trabalho mais harmonioso, com melhor colaboração e relacionamentos mais saudáveis entre os colaboradores.

1. Pratique a escuta ativa

Ouça com empatia e interesse genuíno. Esteja presente, evite interrupções e demonstre compreensão. Isso cria um ambiente de confiança e encoraja os outros a se expressarem de forma aberta e honesta.

2. Cultive a linguagem consciente

Escolha suas palavras com cuidado, buscando ser claro, respeitoso e objetivo. Evite críticas pessoais, acusações ou generalizações. Lembre-se de focar em observações específicas, sentimentos, necessidades e pedidos construtivos.

3. Treine habilidades de resolução de conflitos

Aprenda técnicas de negociação e mediação para lidar com conflitos de maneira construtiva. Busque o diálogo, ouça todas as partes envolvidas e procure soluções que atendam às necessidades de todos.

4. Promova a conscientização emocional

Encoraje os colaboradores a reconhecerem suas próprias emoções e necessidades, bem como a dos outros. Dessa forma, facilita a compreensão mútua, reduz a hostilidade e ajuda na resolução de problemas de forma mais colaborativa.

5. Ofereça treinamentos e workshops

Promova a conscientização sobre a Comunicação Não Violenta por meio de programas de treinamento e workshops – isso ajuda a criar uma cultura organizacional que valoriza a comunicação compassiva e pode estimular a aplicação prática dessas habilidades no dia a dia.

A comunicação não violenta pode não parecer muito natural no início, especialmente em um ambiente profissional, pois não é fácil para as pessoas expressarem seus sentimentos e necessidades. Isso inclui mudar seus hábitos e trabalhar um pouco em si mesmo. 

Mas, com a prática, você descobrirá rapidamente que essa é uma maneira eficaz de se comunicar e promover uma atitude amigável e respeitosa no trabalho e em casa.

E já que estamos falando em expressar sentimentos e necessidades, continue seu aprendizado aqui no blog e aprenda a dominar a inteligência emocional no trabalho!

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