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15 de agosto de 2023

Desigualdade salarial: quais as causas, impactos e soluções?

A desigualdade salarial é um dos principais problemas da atualidade. Entenda as causas e impactos e aprenda a mudar essa realidade na sua organização!
desigualdade salarial
A desigualdade salarial é um dos principais problemas da atualidade. Entenda as causas e impactos e aprenda a mudar essa realidade na sua organização!
Tempo de leitura: 4 minutos

Você sabia que o rendimento das mulheres representa apenas 77% do dos homens? Esse é apenas um dos dados que reflete o cenário de desigualdade salarial entre gêneros no Brasil. Mas, infelizmente, há muito mais.

Diariamente, as mulheres sentem na pele o que significa ter a mesma qualificação que homens e, ainda assim, ganhar menos. Além disso, muitas têm jornadas duplas que continuam em suas casas após o fim do expediente.

Ou seja: mudar essa realidade é um dever de todos e é algo que começa com os profissionais de Recursos Humanos. Continue a leitura para saber mais e entender como contribuir para virar esse jogo.

O que é desigualdade salarial entre gêneros?

É um termo que se refere à disparidade salarial existente entre homens e mulheres, que desempenham funções similares ou iguais no mesmo local de trabalho ou em contextos similares.

Em outras palavras, ocorre quando um homem ganha mais do que uma mulher, mesmo que ela tenha qualificação igual ou similar ou ainda efetue o mesmo trabalho que ele. Essa é uma forma clássica de machismo estrutural, que deve ser combatida.

Veja, agora, algumas das principais causas da desigualdade de salário entre homens e mulheres!

Discriminação de Gênero

A discriminação direta ou indireta baseada no gênero é uma das principais causas da desigualdade salarial. Trata-se de algo histórico, com raízes estruturais da nossa sociedade como um todo.

Segregação Ocupacional

Muitas vezes, mulheres e homens estão concentrados em diferentes setores ou profissões. Desse modo, profissões dominadas por mulheres, como cuidados de saúde e educação, tendem a ser menos valorizadas e remuneradas em comparação com setores majoritariamente masculinos.

Falta de Representação em Cargos de Liderança

A sub-representação de mulheres em cargos de liderança contribui para a desigualdade salarial. Portanto, isso pode ser resultado de barreiras institucionais, estereótipos de gênero e falta de oportunidades de desenvolvimento.

Divisão do Trabalho 

Mulheres frequentemente assumem uma carga desproporcional de trabalho não remunerado (em casa). Assim, isso pode limitar suas oportunidades de buscar empregos de tempo integral ou de dedicar tempo extra para o avanço em suas carreiras.

Maternidade

Mulheres frequentemente enfrentam penalidades após a maternidade devido a percepções de que sua produtividade diminuiu. Logo, isso pode levar a uma desigualdade salarial a longo prazo ou ainda reduzir as chances de conquista de boas vagas devido à presença de filhos já nascidos.

6 consequências geradas pela desigualdade salarial 

A desigualdade salarial entre gêneros tem várias consequências negativas que afetam não apenas as mulheres, como também a sociedade como um todo. Veja alguns exemplos!

1. Perpetuação da desigualdade de gênero

A desigualdade salarial contribui para a persistência da desigualdade de gênero, de modo a incluir oportunidades de educação, participação política e representação em cargos de liderança.

2. Prejuízo para a economia

A economia é prejudicada quando as mulheres não recebem salários iguais aos dos homens, uma vez que isso limita seu poder de compra e sua capacidade de investir em bens e serviços.

3. Aumento da desigualdade social

A disparidade salarial contribui para a desigualdade social em geral, visto que as mulheres são mais propensas a enfrentar dificuldades financeiras e a depender de programas de assistência social.

4. Impactos na previdência

Salários mais baixos durante a vida profissional de uma mulher resultam em pensões e aposentadorias menores – portanto, pode aumentar a insegurança financeira durante a terceira idade.

5. Impacto na saúde mental

A desigualdade salarial pode afetar negativamente a saúde mental das mulheres, causando estresse, ansiedade e sentimentos de injustiça. E o pior: isso também pode gerar impactos em gerações futuras, a partir da perpetuação de tal realidade.

6. Efeitos em toda a sociedade

Por fim, é possível dizer que a desigualdade salarial compromete a coesão social, a igualdade de oportunidades e a justiça dentro da sociedade – assim, criando um ambiente onde todos sofrem as consequências dessas atitudes.

Desigualdade salarial: o que diz a lei? 

Recentemente, foi sancionada uma lei que modifica a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Se trata da Lei nº 14.611 de 03/07/2023. 

Ela traz multas mais complexas para quem praticar discriminação de gênero e de outros tipos no ambiente trabalhista. Além disso, traz mais poder para que as vítimas entrem com ações indenizatórias. 

Como combater a desigualdade salarial

Combater a desigualdade salarial entre gêneros requer esforços abrangentes em níveis individuais, organizacionais e governamentais. Confira alguns deles:

  • Participação ativa das mulheres nas negociações salariais;
  • Mais autoconhecimento para esse grupo;
  • Educação social desde a infância, de modo a enfatizar a importância da igualdade de gênero;
  • Ações afirmativas para a contratação das mulheres;
  • Transparência salarial nas empresas;
  • Treinamento de equipes, para que o ambiente profissional seja mais justo e inclusivo, entre outros.

Entenda o papel das empresas no combate da desigualdade salarial

As empresas desempenham um papel crucial no combate à desigualdade salarial entre gêneros, uma vez que têm o poder de implementar políticas e práticas que promovam a igualdade de remuneração e a equidade no local de trabalho. 

Veja algumas medidas tomadas pelas empresas que podem fazer a diferença:

  • Realizar análises regulares para identificar disparidades salariais entre gêneros;
  • Promover a transparência salarial;
  • Implementar políticas que garantam remuneração igual para trabalho igual ou equivalente;
  • Promover uma cultura de inclusão;
  • Valorizar a diversidade;
  • Fazer avaliações de desempenho baseadas em critérios imparciais;
  • Implementar políticas que permitam um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal;
  • Conduzir treinamentos de conscientização;
  • Coletar e analisar dados para monitorar o progresso das atitudes implementadas;
  • Ter liderança comprometida com a igualdade de gênero.

Assim, todos trabalharemos, juntos, para construir uma sociedade mais justa para homens, mulheres e pessoas que se identificam como qualquer gênero.

Como podemos ver, a desigualdade salarial entre homens e mulheres é um assunto sério. Dito isso, precisamos nos unir para lutar contra esse e outros problemas que afetam o dia a dia das empresas e do mundo corporativo em geral.

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