Não sei se você já viveu a seguinte cena: você e sua família estão reunidos na sala, assistindo a algum programa de televisão, tranquilos e entretidos no programa, quando, de repente, surge uma barata gigante em cima da TV – mas é uma daquelas graúdas e voadoras! Via de regra, o que ocorre?
É uma movimentação geral, uns levantam para buscar chinela, outros para pegar o inseticida e outros na direção oposta ao ser alado. Dificilmente não haverá a interrupção do entretenimento, certo? Este é o efeito “barata voa”!
Ela simplesmente acaba com a paz e ordem do ambiente e, em muitos casos, gerará um caos tão grande que pode ativar o instinto mais primata de jogar a chinela na própria TV.
Quando chega uma denúncia, um indício ou uma suspeita de fraude ou assédio na organização, a tendência é acontecer o efeito “barata voa” em todos os envolvidos: Compliance Officer, Auditoria, Riscos, RH, Jurídico e Diretoria.
Sim, porque não é natural e, nem deve ser, a ocorrência constante de ações antiéticas na organização.Segundo pesquisas, cerca de 70% das empresas brasileiras vivenciaram fraudes internas nos 5 anos após a entrada em vigor da Lei Anticorrupção Brasileira (12.846) de 2013.
A dúvida que persiste é saber se as demais empresas (do grupo dos 30%) não sofreram ou nem sequer sabem que sofrem com fraudes ocasionadas por seus colaboradores.
Apesar de ser legítimo sofrer o efeito “barata voa”, nada justifica que o profissional responsável pela apuração destes atos seja o que vai arremessar sua botina na TV! Como o próprio nome diz, estamos tratando com um PROFISSIONAL. A ele caberá a postura serena de acalmar os demais, definir uma estratégia para tratar a situação, buscar e aplicar as ferramentas adequadas naquele caso em específico.
Para isso é fundamental que esse profissional siga um processo lógico e predefinido em linhas gerais. Queremos reforçar aqui que não há a pretensão de “engessar” esse processo para todos os casos, pois cada caso possui suas peculiaridades e exige uma customização dependendo do seu contexto e sua forma.
Definitivamente, a apuração será ÚNICA para cada caso! Não temos a arrogância de tentar enquadrar todas as situações em um único modelo, por outro lado, sem processo não há como gerar metodologia, modelos e evolução na aprendizagem. Ficaremos fadados à tentativa e erro continuamente.
Como esta obra tem a proposta de ser um manual, nossa intenção é fornecer uma trilha a ser seguida e não um trilho sem qualquer espaço para customizações e ajustes. Assim, começamos com o fluxograma da apuração, conforme a figura a seguir:
Esse artigo é um trecho retirado do livro “Manual do Entrevistador Investigativo Moderno”, neste livro você poderá encontrar explicações minuciosas de cada uma das etapas desse fluxograma bem como uma série de conteúdos exclusivos.
E aí? Você acredita que esse fluxograma poderia ter ajudado em casos que já passou? Ou ainda pode te ajudar em futuros ocorridos?
Então deixa no comentário sua opinião sobre esse conteúdo e não deixe de visitar a página desse livro, aposto que não vai se arrepender!
Obrigado e até a próxima!